sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dúvidas...

Vindo de Ti me admiras
Óh, Senhor Onipotente.
Como aceitastes louvores
Como aceitastes oferendas, velas e flores
Enquanto por Ti, muitos se acomodam com suas dores

Aceitarias ver de perto, Senhor da Bondade
Tanta injustiça e mediocridade?
tanta maldade e insanidade?

Aguentarias as vidas sem casas
As faixas de Gazas, sonhando com o céu
Haiti’s, a Mãe África, o sangue de Israel?

Olhai quem chamas de filhos
Homens e Mulheres, meninos e meninas
Se nem ao menos olha, qual será sua rotina?

Ora senhor da verdade, até que ponto és este poço de bondade
Permitindo teu filho morrer, matar e sofrer,
Enquanto aconchega-se num paraíso de nuvens e estrelas...

Perdoe-me óh Senhor, pela rebeldia em minhas dúvidas
Desculpe-me, por dizer em alto e bom som...
Mas pra quem se ferra nessa vida desgraçada
A regra mais forte deve ser quebrada.


Belchior, Clayton

2 comentários:

  1. reza, acende a vela, trinca a oração, prepara oferenda, fecha o corpo, lê o salmo, olha pro céu... e o que não basta esperar que Deus mande a chuva para regar o que não se plantou.

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  2. linda esta poesia, irreverente,
    demonstra as forças da palavra,
    antes, de teu pensamento forte,
    de artista, buscando um norte.

    quando li, senti e sofri,
    ela questiona, e desafia.
    mas além disso tudo,
    desabafa com ousadia.

    mas li que Deus está nas núvens,
    ai me vi a perguntar,
    será que clayton em sua busca,
    não errou de lugar?

    Errar não errou, pois continua a buscar,
    vi pelas forças da poesia
    e pelo modo profundo
    que se põe a questionar.

    Como também, sou igualzinho,
    com dificuldades caminho,
    não tinha outro modo,
    tive que neste cantinho entrar.

    Você, juventude, com tua arte,
    me chamou pra contigo dialogar.
    Trocar versos sobe a vida e morte,
    e corajoso, o Senhor encontrar.

    Se pergunta sobre a bondade,
    não sei o que o senhor vai falar,
    mas pra mim sempre a encontro,
    quando vejo você sorrir e cantar.

    Ja tive momento que você nem sabe,
    era muita melancolia, não podia aguentar,
    quando no acaso, junto com Nilton,
    vi numa tarde, você a cantar.

    vejo agora pelos seus versos,
    em que seu sorriso e gargalhar,
    com o violão a brincar,
    e uma bateria a imaginar...

    Tocava versos e contaminava,
    com alegria aquele lugar,
    aplacou meu espirito triste,
    fico pensando sem rima..

    se na expressão de tua vida,
    não seria a bondade do senhor?
    que num momento gracioso de belo,
    e de valia mas de graça, abunda boa parte das respostas às tuas perguntas...

    Grande beijo no coração.
    Rosenil.

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